FLOR DO DESERTO
'Flor do deserto' é mais do que história de 'gata borralheira, é a história de uma mulher guerreira e vitoriosa”
“Flor do Deserto”conta a história da top model somaliana Waris Dirie. Nascida numa família de nômades, aos 13 anos, atravessa o deserto por dias até chegar a Mogadishu, capital da Somália.
Descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson, sua vira tem uma reviravolta de sucesso se tornando uma grande top model Mas apesar do sucesso e do glamour, Waris ainda sofre com as violentas lembranças de um segredo de infância.
No auge de sua carreira, Waris revela ao mundo que foi vítima da mutilação genital feminina, levando o debate e lutando contra essa bárbara tradição.
O filme tem uma bela fotografia, direção certeira, e boas atuações, Liya Kebede nos emociona e da um show de interpretação.
Cenas de sua meteórica carreira de modelo são alternadas com flashbacks de seu passado traumático e sangrento. Hormann afirmou que o que lhe interessou na história de Dirie foi o fato de "não ser uma vítima". "Ela está atuante até hoje", observa a diretora.
“A dor da mutilação fica na alma e é para a vida toda”
Todos os anos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), por volta de 3 milhões de meninas são vítimas de mutilação genital. A modelo somali Waris Dirie foi uma delas. No apogeu de sua carreira, ela chocou a opinião pública com a revelação de que fora circuncidada quando menina.
Desde que Dirie quebrou o tabu do silêncio, ela escreveu vários livros sobre sua vida, iniciando uma luta contra a circuncisão feminina. Flor do Deserto já vendeu 11 milhões de cópias e sua filmagem representou a Alemanha no último Festival de Cinema de Veneza.
Apesar de ser mais conhecida por comédias românticas, Hormann deixou claro que a principal mensagem do filme no estilo de "gata borralheira" é séria: denunciar que a prática da mutilação genital feminina ainda está bastante disseminada.
Dirie tinha apenas cinco anos quando foi obrigada a passar pela terrível experiência. Uma cena no filme mostra uma garota chorando, retida, enquanto uma mulher corta partes de sua genitália com uma lâmina de barbear. A ferida é então costurada com um fio grosso, deixando um pequeno orifício para passagem de urina.
A OMS estima que, em todo o mundo, cerca de 150 milhões de mulheres foram vítimas de circuncisão – uma prática utilizada para impedir o prazer sexual feminino. Na Etiópia, três quartos da população feminina é vítima da cruel tradição, informa a organização internacional.
Hormann filmou longos trechos do filme em Djibuti, país com grande população somali. Ela conta que a equipe de filmagem sofreu grande hostilidade por parte da população local, e teve que providenciar segurança pessoal.
"As pessoas nos odiavam, nos jogavam pedras porque éramos brancos que vieram para falar sobre a mutilação genital", disse Hormann. "E quando Waris apareceu – isso os provocou ainda mais."
A diretora explicou que sua principal motivação para o filme foi chamar a atenção para um problema que não existe somente em outras partes do mundo, mas também cada vez mais na Europa.
"Imigrantes trazem consigo essa tradição para seus novos lares. Isto é muito preocupante", disse Hormann. "Por isso esperamos que o filme ajude a aumentar o grau de conscientização sobre o tema."
É isso o que Waris Dirie tem feito há mais de uma década. A ex-top model é embaixadora especial da ONU contra mutilação feminina e estabeleceu uma fundação com o fim de chamar a atenção para o problema.
"O mundo sabe que essas mutilações são erradas, mas até agora não se fez muita coisa. Não entendo por que o mundo fica só olhando", declarou Waris Dirie no Festival de Veneza. E advertiu: "Em algum lugar do mundo uma menina está sendo mutilada agora. A amanhã, o mesmo destino espera mais outra menina".
'Flor do deserto' é mais do que história de 'gata borralheira, é a história de uma mulher guerreira e vitoriosa”
“Flor do Deserto”conta a história da top model somaliana Waris Dirie. Nascida numa família de nômades, aos 13 anos, atravessa o deserto por dias até chegar a Mogadishu, capital da Somália.
Descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson, sua vira tem uma reviravolta de sucesso se tornando uma grande top model Mas apesar do sucesso e do glamour, Waris ainda sofre com as violentas lembranças de um segredo de infância.
No auge de sua carreira, Waris revela ao mundo que foi vítima da mutilação genital feminina, levando o debate e lutando contra essa bárbara tradição.
O filme tem uma bela fotografia, direção certeira, e boas atuações, Liya Kebede nos emociona e da um show de interpretação.
Cenas de sua meteórica carreira de modelo são alternadas com flashbacks de seu passado traumático e sangrento. Hormann afirmou que o que lhe interessou na história de Dirie foi o fato de "não ser uma vítima". "Ela está atuante até hoje", observa a diretora.
“A dor da mutilação fica na alma e é para a vida toda”
Todos os anos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), por volta de 3 milhões de meninas são vítimas de mutilação genital. A modelo somali Waris Dirie foi uma delas. No apogeu de sua carreira, ela chocou a opinião pública com a revelação de que fora circuncidada quando menina.
Desde que Dirie quebrou o tabu do silêncio, ela escreveu vários livros sobre sua vida, iniciando uma luta contra a circuncisão feminina. Flor do Deserto já vendeu 11 milhões de cópias e sua filmagem representou a Alemanha no último Festival de Cinema de Veneza.
Apesar de ser mais conhecida por comédias românticas, Hormann deixou claro que a principal mensagem do filme no estilo de "gata borralheira" é séria: denunciar que a prática da mutilação genital feminina ainda está bastante disseminada.
Dirie tinha apenas cinco anos quando foi obrigada a passar pela terrível experiência. Uma cena no filme mostra uma garota chorando, retida, enquanto uma mulher corta partes de sua genitália com uma lâmina de barbear. A ferida é então costurada com um fio grosso, deixando um pequeno orifício para passagem de urina.
A OMS estima que, em todo o mundo, cerca de 150 milhões de mulheres foram vítimas de circuncisão – uma prática utilizada para impedir o prazer sexual feminino. Na Etiópia, três quartos da população feminina é vítima da cruel tradição, informa a organização internacional.
Hormann filmou longos trechos do filme em Djibuti, país com grande população somali. Ela conta que a equipe de filmagem sofreu grande hostilidade por parte da população local, e teve que providenciar segurança pessoal.
"As pessoas nos odiavam, nos jogavam pedras porque éramos brancos que vieram para falar sobre a mutilação genital", disse Hormann. "E quando Waris apareceu – isso os provocou ainda mais."
A diretora explicou que sua principal motivação para o filme foi chamar a atenção para um problema que não existe somente em outras partes do mundo, mas também cada vez mais na Europa.
"Imigrantes trazem consigo essa tradição para seus novos lares. Isto é muito preocupante", disse Hormann. "Por isso esperamos que o filme ajude a aumentar o grau de conscientização sobre o tema."
É isso o que Waris Dirie tem feito há mais de uma década. A ex-top model é embaixadora especial da ONU contra mutilação feminina e estabeleceu uma fundação com o fim de chamar a atenção para o problema.
"O mundo sabe que essas mutilações são erradas, mas até agora não se fez muita coisa. Não entendo por que o mundo fica só olhando", declarou Waris Dirie no Festival de Veneza. E advertiu: "Em algum lugar do mundo uma menina está sendo mutilada agora. A amanhã, o mesmo destino espera mais outra menina".
Ong da top e atriz Liya Kebede - The Liya Kebede Foundation.
http://www.theliyakebedefoundation.org/
Titulo Original: Desert Flower
Titulo no Brasil: Flor Do Deserto
Gênero: Drama
País de origem: Reino Unido / Alemanha / Austria
Tempo de duração: 120 minutos
Direção: Sherry Horman
http://www.theliyakebedefoundation.org/
Titulo Original: Desert Flower
Titulo no Brasil: Flor Do Deserto
Gênero: Drama
País de origem: Reino Unido / Alemanha / Austria
Tempo de duração: 120 minutos
Direção: Sherry Horman
Lioya Kebede na coletiva de imprensa
Nossa, gostei essa dica Thiago. Preciso assistir...ler! Toda vez que vejo algo sobre esse assunto fico perplexa...vá lá que cada povo tem os seus modos, mas isso é crueldade, não vejo nada que justifique essas práticas!
ResponderExcluirAmanda Lima