domingo, 18 de março de 2012

TEATRO

Teatro é bom , Teatro Vicia

Vamos a quatro críticas de ótimos espetáculos que estão em cartaz em São Paulo.


FILHA, MÃE, AVÓ, PUTA – Uma Entrevista


Afastada da TV por falta de bons personagens, Alexia Dechamps se encontra em Filha, Mãe, Avó, Puta. Com ótima adaptação de Marcia Zanelatto e boa direção de Guilherme Leme, Alexia consegue com muita sutileza pegar os trejeitos de Gabriela Leite sem ser caricata, mas com uma interpretação própria e segura. Alexia não está sozinha em cena, o ator Louri Santos consegue dar o contraponto da peça tornando-a mais ágil. Alexia não cai nas armadilhas e estereótipos de uma puta, sua composição e interpretação vai além, tornando seu trabalho mais perigoso porém consistente e com grande êxito.

Ao assistir a montagem, deparamos com a história de uma mulher fantástica em que pouco conhecemos. Gabriela não foi apenas uma garota de programa, é uma mulher de fibra que de seus projetos sociais faz muito pelo país.

Essa é uma peça para ser vista, degustada e refletida, vale a experiência.

Filha, mãe, avó e puta

28 Fev a 19 Abr

Local: Teatro | CCBB SP – Ingresso – R$6,00

Horário: Terça a quinta, às 20h


Dona flor e seus dois maridos


Um clássico da literatura Brasileira. Marcelo Faria, Fernanda Vasconcelos e Duda Ribeiro, levam ao palco essa deliciosa história com grande talento.

Os três não caem nos estereótipo dando a dosagem certeira a seus personagens. Marcelo com seu Vadinho encanta e todos, impossível não ama-lo. Fernanda pela falta de maturidade no teatro e por entrar em uma peça que já tem uma carreira, causa uma certo estranheza no início, mas logo se encontra, porém a voz de Fernanda é algo que se deve prestar mais atenção e ser melhor trabalhada, tem pouca potência , quando usa o grave é perfeita. Duda Ribeiro é outro que encontrou na personagem, quando entra em cena, com muito talento ele logo conquista o público dividindo opiniões- Vadinho x Teodoro.

A direção de Pedro Vasconcelos só peca pelo excesso de blecaute.

O melhor de tudo é que nessa luta quem ganha é o público. Marcelo, Fernanda e Duda fazem dessa simples montagem algo grandioso.

Não posso deixar de falar do restante do elenco que integra a peça, fazendo essa montagem ter um tempero todo especial – com destaque para o elenco feminino.

É o tempero da Bahia – da Mulher – do Brasil

Viva o Teatro Brasileiro.


FICHA TÉCNICA:

Elenco: Fernanda Vasconcelos, Marcelo Faria, Duda Ribeiro, Ana Paula Bouzas, Val Perré, Elvira Helena, Candé Faria, Marco Bravo, Lidiane Ribeiro, Saulo Segreto, Lis Schwabacher, Lisieux Maia, Carla Cristina e Fabio Nascimento.

Adaptação: Pedro Vasconcelos e Marcelo Faria

Direção: Pedro Vasconcelos

Realização: Faria & Vasconcelos

www.donafloreseusdoismaridos.com.br

INGRESSOS:

Sextas R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 ( Meia-Entrada)

Sábados e Domingos R$ 30,00 ( Inteira) R$ 15,00 ( Meia-Entrada)

Duração: 110 minutos.

PREMIAÇÕES:

O espetáculo é vencedor de 3 Prêmios Qualidade Brasil (Melhor Ator – Marcelo Faria, Melhor Diretor – Pedro Vasconcelos e Melhor Espetáculo. É indicado ao Prêmio Shell de Teatro/2008 nas categorias de Melhor Ator – Marcelo Faria e Melhor Diretor – Pedro Vasconcelos e indicado ao Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante para Ana Paula Bouzas pela APTR/2009.

Serviço:

Teatro Sérgio Cardoso

Sala Sérgio Cardoso - 835 lugares

Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista

São Paulo - SP

Estações do Metrô Próximas: São Joaquim e Brigadeiro

Ar-condicionado

Acessibilidade para Pessoas com Necessidades Especiais

Horário da bilheteria: quarta a domingo das 15h às 19h (vendas antecipadas)

Telefone: (11) 3288-0136


CONVERSANDO COM MAMÃE


Assistir Beatriz Segall e Herson Capri já é garantia de bom espetáculo, mas como uma peça não se faz apenas de atores, o presente foi ainda melhor a começar pelo texto de Santiago Carlos Oves e adaptado para o teatro por Jordi Galceran, que é belo – emocionante e envolvente, impossível não sair do teatro comovido com essa bela obra.

A direção de Susana Garcia é simples mas certeira, faz o que o texto pede. Beatriz Segall é uma atriz que jamais deve deixar de fazer teatro, tem talento e carisma, sua interpretação tem uma força, algo que parece estar ficando raro no teatro, podemos chama-la de A Dama do Teatro também.

Herson Capri tem um apelo da TV muito forte mas em cena ele se livra desse estigma comprovando que é um ator que transita com grande desenvoltura por todos os veículos e que tem um grande talento e respeito pelo ser artista.

Conversando com Mamãe, é a união de grandes talentos, onde só o teatro é capaz de promover esse encontro, é um espetáculo para toda a família.


Ficha Técnica

Autor: Santiago Carlos Oves

Versão Teatral: Jordi Galceran

Tradução: Pedro Freire

Direção: Susana Garcia

Elenco: Beatriz Segall e Herson Capri

Figurino: Kalma Murtinho

Cenário: Marcos Flaksman

Iluminação: Paulo César Medeiros

Trilha Sonora Original: Alexandre Elias

Serviço

Conversando com Mamãe

Teatro Renaissance(462 lugares)

Alameda Santos, 2.233 - Cerqueira César.

Central de Informações: (11) 3069-2286

Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 20h; domingo das 14h às 19h.

Formas de pagamento na bilheteria: Cartões, dinheiro ou cheque.

Vendas: 4003-1212 e www.ingressorapido.com.br

Sextas e Sábados às 21h30. Domingo às 19h.

Ingressos: Sexta R$ 70. Sábado e Domingo R$ 80.

Duração: 80 minutos

Recomendação: 12 anos

Reestreia dia 27 de janeiro de 2012.

Temporada: até 1º de abril.


A Vingança do Espelho : A História de Zezé Macedo

Foi com grande surpresa que assisti “A Vingança do Espelho”, como a maioria do público infelizmente só conhecemos a Dona Bela, da Escolinha do Professor Raimundo, mas Zezé Macedo foi muito mais e merece nosso respeito e admiração, teve uma carreira linda com mais de 100 filmes em seu currículo. Poder conhecer a história de Zezé foi mágico e enriquecedor.

Com texto de Flávio Marinho, a montagem não ganha um tom biográfico e sim uma bela homenagem, fugindo de qualquer clichê que poderia estar presente no texto. Para completar veio a direção de Amir Addad, um dos maiores diretores desse país, que não cai no comum e como poucos sabe fazer teatro, conduzindo esse belo texto com grande maestria, soube tirar o melhor de cada ator.

Ponto alto para Betty Gofman que nessa montagem vai para o drama e comédia com a mesma desenvoltura, sua Zezé não é uma imitação caricata e sim uma homenagem, feita com grande talento. Outro ponto alto é o ator Mouhamed Harfouch que mais uma vez vem mostrando seu talento no teatro, o ator tem segurança. Betty e Mouhmed consegue ser o eixo da peça dando liberdade e caminhos para os demais atores desenvolverem seus trabalhos.

É uma peça para os amantes do Teatro e da Cultura Brasileira.

Vamos ver o que é nosso, não vamos deixar nossa cultura e a memória de nossos artistas morrer.


Ficha Técnica

Texto: Flávio Marinho

Direção: Amir Haddad

Elenco: Betty Gofman, Tadeu Mello, Mouhamed Harfouch, Marta Paret e Marcelo Várzea

Direção de Arte: Afonso Tostes

Iluminação: Paulo Denizot

Trilha Sonora: Alessandro Perssan

Idealização: Eduardo Barata

Produção: Barata Comunicação

Serviço

Local: Teatro Vivo

Capacidade: 290 lugares

Endereço: Avenida Doutor Chucri Zaidan, 860, Morumbi

Tel.: (11) 7420-1520

Dias: Estreia 08/03 para convidados e 09/03 para o público. A peça fica em cartaz até 29/04.

Horário: Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 19h.

Ingresso: Sexta R$ 40,00 (inteira) e 20,00 (meia); sábado e domingo R$ 50,00 (inteira) e 25,00 (meia). Preço especial na semana de estreia do espetáculo, ingressos: R$ 10,00.

Funcionamento da Bilheteria: das 14h às 20h (terça a quinta) e a partir das 14h (sexta a domingo)

Classificação: 12 anos

Duração: 110 minutos





quinta-feira, 8 de março de 2012

Rock

Maior Exposição De Rock Da América Latina Chega A SP, Em Abril


A Oca no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, será sede da “Let’s Rock” entre os dias 4 de abril e 27 de maio. Serão pocket-shows, workshops, palestras, exibição de documentários com a temática do gênero, mostras de fotografia, figurino, álbuns e instrumentos espalhados entre os 10.500 m² do prédio. A exposição é considerada a maior do gênero na América Latina.

Em parceria com museus (como Rock and Roll Hall of Fame), grandes colecionadores de rock do mundo e fotógrafos desta vertente da música, o evento contará com diversos ambientes.

Logo na entrada, no térreo, uma linha do tempo interativa mostra ao visitante a história do rock através de fotos, textos e canções. Neste andar haverá também serviço de bar e uma loja da It’s only rock n’ roll com venda de produtos licenciados de grandes nomes.

No subsolo ficarão expostas fotos de Rui Mendes, Marcelo Rossi e o lendário Bob Gruen (que tirou a foto acima), que também participa da abertura da exposição e faz uma palestra sobre seu trabalho. Um auditório com capacidade para cerca de 250 pessoas abriga pocket shows e transmissão de filmes e documentários pertinentes. Seis lounges com playlists das diversas divisões do gênero também serão atração para os rockeiros neste piso.

No primeiro andar objetos originais de bandas nacionais e internacionais estarão expostos, como o baixo Hofner em formato de violino de Paul McCartney e as primeiras baterias do Motorhead e do Sepultura. Um disco de ouro dos Beatles também figura entre os objetos mais esperados.

No segundo andar acontece o “Let’s Rock Experience”, onde o visitante terá a sensação de estar diante da platéia de um show através de projeção de imagens de espetáculos e clipes em 180 graus.

O site da Let’s Rock, www.letsrockexpo.com.br, no ar a partir de sexta-feira (9), trará a programação detalhada da exposição e também mostrará como será feita a venda de ingressos, disponíveis a partir do dia 16 deste mês.

O evento tem parceria com a Rolling Stone, a Tagima e a N.Zaganin; conta também com benefícios da Lei Rouanet e do ProAc da secretaria de estado da cultura de São Paulo.

Serviço

Let’s Rock: A Exposição
4 de abril a 27 de maio, de terça a domingo, das 10h00 às 22h00
Oca – Parque do Ibirapuera (avenida Pedro Álvares Cabral, S/Nº, portão 3)
Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia para idosos e estudantes)
Vendas a partir do dia 16 de março, sexta feira

Por: Roberta Lopes (Colaboradora Reduto do Rock)

domingo, 4 de março de 2012

“Quero ser Marilyn Monroe!”

Fotografia de Douglas Kirkland, 1961 ©Reprodução

Com suas curvas estonteantes e seu jeito ingenuamente sensual, Marilyn Monroe conquistou diretores da magnitude de Billy Wilder, John Huston e Fritz Lang, além de fotógrafos e artistas plásticos míticos, como Henri Cartier-Bresson, Richard Avedon e Andy Warhol. Mesmo após 50 anos de sua morte – completados em agosto deste ano – a americana, que nasceu em Los Angeles em 1926 e superou uma infância conturbada em lares adotivos para transformar-se em uma das mais celebradas atrizes do cinema e ícone da cultura pop do século XX, continua referência de beleza e glamour. Como homenagem ao cinquentenário de falecimento deste cânone hollywoodiano, a Cinemateca Brasileira apresenta, a partir de 04.03, a exposição “Quero ser Marilyn Monroe!”.
Marilyn por Cecil Beaton e Henri Cartier-Bresson ©Reprodução

A mostra, que já foi exibida em diversos países da Europa, além de Estados Unidos e Canadá, conta com um acervo de 125 obras entre fotografias e pinturas de artistas contemporâneos. A partir destes trabalhos – e da apresentação dos mais importantes filmes de Marilyn, bem como do documentário “Marilyn Monroe: o fim dos dias” (2001), de Patty Ivins Specht –, a exposição pretende dissecar a mulher por trás do sex symbol, inclusive suas muitas vulnerabilidades.

Por meio das imagens que estarão expostas na Cinemateca, será possível compreender um pouco sobre a trajetória de Marilyn, dos tempos de aspirante a atriz à estrela internacional. Já na entrada da mostra, a bela “Red Velvet Pose”, fotografia tirada por Tom Kelley em 1949 para a “Playboy”, apresenta uma ainda desconhecida Marilyn (aos 22 anos), enquanto na série “One Night with Marilyn”, do fotógrafo Douglas Kirkland, a atriz aparece no auge de sua fama – e apenas um ano antes de morrer – envolta por lençóis.

Marilyn Monroe por Douglas Kirkland e Tom Kelley ©Reprodução



A obra cinematográfica de Marilyn também terá grande destaque através da exibição de filmes como “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) e “O Pecado Mora Ao Lado” (1955), clássicos de Billy Wilder; “Os Homens Preferem as Louras” (1953), dirigido por Howard Banks; “Torrente de Paixão” (1953), de Henry Hathaway; “A Malvada” (1950), longa-metragem protagonizado por Bette Davis em que Marilyn aparece como figurante; e “Os Desajustados” (1961), último papel da americana antes de falecer, em 1962.

A carreira de Marilyn Monroe pode ter sido breve, mas sua figura continua extremamente presente na cultura popular — prova disto são os editoriais e as campanhas com alusão ao estilo da atriz, sem contar o filme“Sete Dias com Marilyn”, lançado em 2012 e protagonizado por Michelle Williams. Alguém duvida que esta exposição é imperdível para os amantes do cinema, da fotografia e da moda?

“Quero ser Marilyn Monroe!” @ Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Exposição: de 4 de março a 1° de abril (todos os dias, das 10h às 22h)
Mostra de filmes: de 4 a 25 de março (terça a domingo)
Entrada Franca
(11) 3512-6111 (ramal 215)
+ www.cinemateca.gov.br

©Reprodução

''Marilyn Monroe at Home'', de Alfred Eisenstaedt e ''Black Bathing Suit # 2'', de Frank Powolny

©Mel Ramos/Reprodução

''Peek-a-Boo'', litografia de Mel Ramos